A primeira edição do Fliparacatu – Festival Literário Internacional de Paracatu – está confirmada para acontecer de 23 a 27 de agosto, de quarta a domingo, em diversos espaços do Centro Histórico do município mineiro. A estreia homenageia grandes nomes da literatura: Conceição Evaristo e Mia Couto, que estarão presentes no evento. O Patrono é Afonso Arinos (1868-1916), nascido em Paracatu. O tema “Arte, Literatura e Ancestralidade” já reverbera na cidade com a exposição “Portinari Negro”, em cartaz na Praça da Matriz. A curadoria é compartilhada entre Tom Farias, Sérgio Abranches e Afonso Borges. Todas as atividades são gratuitas.
Além de uma programação que conta com a presença de escritores e escritoras nacionais, internacionais, locais e regionais, o Fliparacatu também oferece atrações infantis e juvenis, sob a curadoria do escritor e professor Rafael Nolli, lançamentos de livros, espetáculo de dança, oficinas, shows musicais e uma feira gastronômica, proporcionando uma experiência cultural completa aos participantes.
Por se tratar de um Festival Literário, a livraria é um dos principais atrativos do Fliparacatu. Marcando presença com sua chegada à cidade, o espaço de 244 metros quadrados contará com mais de 16 mil exemplares de mais de 5 mil títulos literários, que englobam os mais diversos gêneros – romance, aventura, poesia, terror, crônica, biografia, infantil e infantojuvenil.
Bem como a venda de diversas obras, a livraria colocará em destaque os trabalhos dos autores presentes, que nesta edição conta com mais de quarenta nomes de peso da cena literária nacional e internacional.
Cultura, Diversidade e Educação
Mais de 40 escritores estarão presentes no Fliparacatu. Entre eles, estão autores e autoras nacionais, internacionais e de diversas origens sociais, abraçando, assim, a diversidade que o evento ressalta. O Festival é aliado à valorização da questão racial na programação de diversas maneiras. Isso inclui a promoção de diversas mesas de debate e oficinas que abordam tópicos relacionados à diversidade e inclusão.
O Fliparacatu trabalha paralelamente ao COMPIR, Conselho Municipal de Promoção da Igualdade Racial, que representa seis comunidades reconhecidas pela Fundação Palmares. Essas comunidades, organizadas em associações, dedicam-se à preservação de sua cultura, tradições e histórias. A atuação da presidente do Conselho, Rose Bispo, e sua equipe, abrange iniciativas que preservam a cultura tradicional, o modo de vida e a transmissão oral das histórias dessas comunidades quilombolas. Esses pontos estão diretamente ligados ao fio condutor do Festival, que leva como tema “Arte, Literatura e Ancestralidade”.
Portinari Negro
Um dos destaques do evento é a exposição inédita “Portinari Negro”, com curadoria de João Candido Portinari, Fundador e Diretor-Geral do Projeto Portinari. A exposição exibe 42 telas representativas da obra de Portinari. Um Prêmio de Redação envolvendo todo o sistema educacional da cidade e região, tendo como tema “Arte, Literatura e Ancestralidade”, com inspiração na exposição “Portinari Negro” está em andamento. Crianças e jovens estão sendo incentivados a percorrer a exposição e criar um desenho ou uma redação, em sala de aula, para participar do concurso. Os vencedores serão premiados com dinheiro, e os professores dos alunos premiados receberão livros selecionados pela coordenação do Fliparacatu.
