Segundo Cleiton Santos Santana, fundador cotista do Grupo BSO – Brazil Special Opportunities, a aprovação da Lei do Combustível do Futuro no Brasil marca um passo significativo para o desenvolvimento de uma economia sustentável no país. Essa legislação incentiva a produção e o uso de combustíveis verdes, visando reduzir as emissões de carbono. A lei abre novas oportunidades de emprego, consolidando o país como um dos líderes no mercado de energia limpa.
A seguir, entenda como essa transição afeta o mercado de trabalho brasileiro.
Como a produção de biodiesel e hidrogênio verde gera novos empregos?
A nova lei estabelece o aumento gradual da mistura obrigatória de biodiesel no diesel, alcançando 20% até 2030. Como Cleiton Santos Santana destaca, esse avanço demanda uma ampliação na produção de biodiesel, que exigirá mais profissionais para atuar nas áreas de pesquisa, desenvolvimento e operação das plantas de produção desse combustível. Além disso, a criação do Programa Nacional de Diesel Verde gera uma infraestrutura robusta que impulsiona a criação de empregos técnicos e industriais.
O hidrogênio verde também aparece como um ponto forte na criação de empregos qualificados. Como sua produção requer o uso de energias renováveis, como solar e eólica, o aumento da demanda por esses recursos resultará em mais oportunidades de trabalho tanto na instalação quanto na operação de usinas. Profissionais especializados em engenharia, química e tecnologia da informação também serão necessários para tornar a produção e distribuição do hidrogênio verde eficiente e sustentável.
Que papéis a logística e infraestrutura desempenham na criação de empregos?
A necessidade de escoamento de combustíveis limpos cria uma série de oportunidades na área de infraestrutura e logística. Um exemplo importante é o investimento no Porto de Paranaguá, que se tornará o primeiro terminal de liquefação de biometano do país. Esse tipo de projeto demanda uma mão de obra especializada para lidar com biocombustíveis, desde a engenharia e construção dos terminais até o transporte e armazenamento seguro.
Além disso, a expansão dessa infraestrutura leva a um aumento na demanda por profissionais de logística e operações portuárias. A previsão de investimentos em logística para o escoamento de combustíveis verdes também tende a estimular as economias locais e regionais, promovendo emprego em setores adjacentes, como transporte, segurança e serviços. Para Cleiton Santos Santana, a Lei do Combustível do Futuro, portanto, amplia as oportunidades de trabalho para diversas áreas do mercado.
Como a regulamentação do carbono pode impactar o mercado de trabalho?
A legislação não apenas incentiva o uso de combustíveis limpos, mas também regulamenta práticas de captura e armazenamento de carbono, uma área em crescimento no combate às mudanças climáticas. A Agência Nacional de Petróleo (ANP) será a responsável por autorizar projetos de captura de dióxido de carbono para armazenamento. Como Cleiton Santos Santana frisa, esse mercado exige profissionais especializados, principalmente nas áreas de geologia, engenharia ambiental e tecnologias de armazenamento de carbono.
Além dos empregos diretos, atividades de captura e estocagem de carbono podem incentivar o desenvolvimento de novas tecnologias e startups focadas na mitigação de gases de efeito estufa. Isso gera oportunidades para empreendedores e investidores, resultando em um ambiente de trabalho voltado à inovação e tecnologia verde, que está alinhado com a demanda global por soluções sustentáveis.
Conclui-se assim que a Lei do Combustível do Futuro é um marco que não apenas beneficia o meio ambiente, mas também promove o crescimento de empregos verdes no Brasil. Conforme o expert há 20 anos nos setores de energia, commodities e financeiro, Cleiton Santos Santana, essa transformação no mercado de trabalho fortalece a posição do Brasil como um líder em energia limpa, além de contribuir para o desenvolvimento econômico e sustentável do país.