Como informa a Dra. Thaline Neves, a biópsia de vilo corial é um exame invasivo indicado em situações específicas da gestação, quando há necessidade de investigar possíveis alterações genéticas ou cromossômicas. Esse procedimento é fundamental para auxiliar no diagnóstico precoce, permitindo decisões médicas mais seguras e adequadas. No entanto, como envolve riscos e cuidados especiais, deve ser realizado com orientação médica precisa. Pensando nisso, continue a leitura para entender como funciona, quando é indicado e quais precauções devem ser observadas.
O que é a biópsia de vilo corial?
A biópsia de vilo corial consiste na retirada de pequenas amostras de tecido da placenta, especificamente das vilosidades coriônicas. De acordo com Thaline Neves, essas estruturas compartilham o mesmo material genético do feto, possibilitando uma análise detalhada sobre a saúde do bebê. Isto posto, o exame é considerado um dos métodos mais eficazes para investigar condições hereditárias logo no início da gestação.

Por ser um procedimento invasivo, é realizado por meio da inserção de uma agulha fina, guiada por ultrassom, até a placenta. O material coletado segue para análise laboratorial, com resultados que podem indicar síndromes cromossômicas, como a síndrome de Down, além de outras doenças genéticas.
Quando a biópsia de vilo corial é indicada?
A recomendação da biópsia de vilo corial ocorre em casos nos quais há maior risco de alterações genéticas. Conforme comenta a médica proprietária da Clínica View, Thaline Neves, a indicação é mais comum em gestantes com histórico familiar de doenças hereditárias ou quando exames de triagem apontam alguma alteração relevante.
Além disso, esse exame pode ser sugerido em gestantes com idade materna avançada ou em situações em que o ultrassom identifica sinais sugestivos de anomalias. Aliás, a antecipação do diagnóstico auxilia no acompanhamento médico, permitindo que a gestante e a equipe de saúde estejam melhor preparadas para conduzir a gestação de forma segura.
Os riscos da biópsia de vilo corial
Apesar de ser um exame confiável e amplamente utilizado, a biópsia de vilo corial envolve riscos que precisam ser considerados. Tendo isso em vista, os principais pontos de atenção estão relacionados a complicações como:
- Aborto espontâneo: ocorre em uma pequena parcela de casos, sendo o risco maior nas primeiras semanas da gestação.
- Infecção: ainda que raro, existe a possibilidade de infecção uterina decorrente do procedimento.
- Sangramento ou cólicas: algumas gestantes podem apresentar desconfortos leves após a coleta do material.
- Alterações na placenta: em situações menos comuns, o procedimento pode gerar pequenas alterações na região onde o material foi retirado.
Esses riscos não tornam o exame inviável, mas reforçam a importância de realizá-lo apenas quando houver indicação médica clara. O acompanhamento profissional é essencial para reduzir complicações.
Quais cuidados devem ser adotados após o exame?
A realização da biópsia de vilo corial exige cuidados específicos para garantir a segurança da gestante e do bebê. Isto posto, recomenda-se repouso relativo nas primeiras horas após o exame, evitando esforços físicos intensos. Outro cuidado importante, segundo a Dra. Thaline Neves, é manter contato próximo com a equipe médica, comunicando imediatamente qualquer sintoma incomum, como sangramento intenso, dor abdominal persistente ou febre. No final, esse acompanhamento permite agir rapidamente diante de possíveis intercorrências.
Avaliar riscos e benefícios é essencial
Em última análise, a biópsia de vilo corial é um exame que pode salvar vidas ao permitir diagnósticos precoces, mas exige cuidado, preparo e indicação adequada. Assim sendo, a decisão de realizá-lo deve ser ponderada, sempre levando em conta a história clínica da gestante e os resultados de exames prévios, como pontua Thaline Neves. Desse modo, ao entender seus riscos e cuidados necessários, a gestante pode se sentir mais segura para tomar decisões ao lado de sua equipe médica.
Autor: Harris Stolkist